segunda-feira, 6 de maio de 2013

Xô, xô, Diabete Emocional!

Um bebê é um bebê sem 'glicose errada' até que a avó lhe apresente pela primeira vez o chocolate -quase sempre- ou a Coca/o Guaraná -vez ou outra.

Até ali, ele é só um bebê que se alimenta de tantas outras coisas e que consome a 'glicose errada' de que precisa de maneira 'certa'.

Pois bem.

Depois que passa uma certa fase, depois da tomada de consciência sobre si, em algum momento, a gente passa a escolher/preferir o quê comer, mas, de qualquer modo, sempre pautados num conhecimento prévio: não dá pra preferir comer cajá se você num conhece o gosto. Dá pra escolher. Mas mesmo pra isso: você tem de ter noção do quê é cajá, chegar próximo de um, ao menos. Tem de ter a concepção dentro do teu repertório pessoal de frutas. No caso: fruto.

Daí que... isso vale pra tudo.

Você não vai dar Amor se nunca chegou perto dele. Da mesma maneira: pra odiar também é preciso tomar consciência do conceito em algum momento.

Acho que quase sempre a gente vai observar o mundo sob a nossa perspectiva. Pode até ser que em algum momento, em alguma situação, a gente perceba coisas com o auxílio de alguém(ns) -Amigos, Família, Professores-, mas à primeira vista, o primeiro contato com qualquer conceito é nosso.

E porque nossa ótica é predominante em nosso ponto de vista; e por ser natural que a gente busque no cérebro a primeira informação relevante pra fazer associações em qualquer tipo de situação...

... quando em imprevistos, discussões, guerras, tsunamis ou qualquer tipo de 'isso num tava no script', a primeira coisa que você pensar ou disser vai tá pautada na 'maior imagem' que você tiver aí dentro sobre determinado assunto.
O quê isso significa?

Significa que, na queda de uma ponte, tua primeira reação é sobreviver.
Significa que num sequestro, as pessoas que vierem na tua cabeça, serão sempre as mais relevantes pra você.
Significa que, se num atraso do teu namorado, você quiser saber 'com quem ele tava' e não se 'alguma coisa aconteceu': a informação rápida veio do teu cérebro. Não do dele.

Quero dizer que -em linhas gerais, óbvio- as ideias às quais você recorre têm grau de prioridade. E se, em caso de pânico, teu ciúme impera: ou há indícios, de fato, ou é coisa plantada por você em você. E se for: o quê te move? Posse? Medo? Vontade de pular 'também' a cerca?

Ninguém vai balizar ninguém pelo que não vivenciou. Seja como vítima ou agente.

E mesmo a escolha do foco dentro do ponto de vista: ela também levará em consideração o quê você já traz de informação.

Suponha que... cê escolha aquela fantasia linda. Carnaval fora de época na escola.
Quando vai vestir, uma marca enorme de ferro: tua mãe passou e queimou. E... o pano não poderia ser passado... 100% acrílico. Plástico. Artificial.

Daí, chateada, cê reclama.
Ela, além de te chamar de ingrata -você não só não pediu, como não queria que passasse, já que estragaria o pano-, ainda termina, dentre outras coisas, jogando na tua cara a mesada que te dá.

Criatividade e valor afetivo não são relevantes pra tua mãe -que nem deve saber o quê é isso. Assim como respeito por espaços: a falta de limite não configura Amor. 'Glicose errada'.

E pior: se num racha vem pra pauta quesito 'grana' sem ser convidado: não é você quem se pauta nisso... o referencial será dela e... porque estes são os valores primeiros dentro dela.
É matemática pura!

Validar situações sob nossa ótica e só... pode ser tão ou mais nocivo que dar chocolate pra bebês. É jogar no limbo da 'diabete emocional', fazendo as criaturas que se relacionam com você tomarem 'gosto' pelo alimento pronto, sem que tenham a chance de questionar vitaminas e mais: quem não conhece cajá, num sabe detectar quando vê um: quem não foi nunca apresentado prum Amor saudável, não vai saber diferir quando ele acontecer noutras situações.

E... precisar de 'insulina afetiva' cria dependência. Daí tantas vezes a gente esbarra em gente boa, de caráter excelente, mas que por tudo o que <não> vivenciaram, precisam de pessoas de maneira vital pra sobreviverem, como que viciados.

E um viva à terapia!

E se em tese, dizem que a gente é o quê come:

talvez se faça mesmo necessário manter uma dieta balanceada e livre de transgênicos.

Por via das dúvidas: não se permita engolir o quê não te apetecer...

Dizem que esses alimentos pouco naturais causam câncer.

Vai saber...





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