quinta-feira, 12 de abril de 2012

Feminilidade: A Besta Fera.

Boa noite.
Me chamo Anna Carolina.
Tenho 32 anos a partir da metade de junho.

E... fui treinada para matar.

Eu sou abusivamente inteligente.
Eu - quase sempre - mostro convicção.
Eu ajo com naturalidade, mesmo quando me é requisitado o contrário.
Eu domino as rodinhas de conversa.
Eu falo alto.
Eu xingo em nagô, preciso for.
Eu trabalho desde os 11 anos de idade.
Eu fiz a melhor universidade da América Latina.
Eu tento ser, no trabalho, o melhor que sei.
Eu adoro saber que, sexualmente, dou lindamente conta do recado.
Eu dirijo ofensivamente.
Eu me coloco.

Eu... EU NASCI PÊNIS.
É.
Eu sou uma fêmea 'alfa'.
Eu dou vazão basicamente ao meu 'masculino'.

E Eles?
E Eles sequer sabem o quê fazer exatamente na Minha Vida, imaginem onde colocar o quê e quando...

Considero patética a sensual que ganha a parada no tamanho da saia.
Considero boçal a cozinheira perfeita, que SÓ sabe ser boa de forno e fogão.
Considero cada par de chifres que a recatada ganha, motivo pras minhas muitas gargalhadas.
Considero a vaidosa ao extremo, a mais vazia do mundo.
Considero a sirigaita abusivamente pitoresca e igualmente pouco acreditada.
Considero a frágil, emocionalmente abalada.
Considero a graça do ser fêmina, o meio mais dissimulado que há para se infiltrar em guetos; e dos mais variados.
Considero a manipulação emocional dos maiores ardis que um ser humano -quase sempre côncavo nas entranhas- pode estabelecer.

Considero... ACHO a feminilidade crua, como definição, BESTIAL.

E... paradoxalmente, atraio homens sempre abusivamente femininos.
Eles são titubeantes.
Eles são frágeis.
Eles são inseguros.
Eles são até místicos, vejam só!
Eles são vaidosos.
Eles são gays, tantas vezes.
Eles são despreparados.
Eles são amigos até debaixo d'água e muito emotivos.
Eles são... ELES SÃO DE VÊNUS, PORRA!

E SÓ tenho Amigas 'mais macho que muito homem'.
TODAS DE MARTE.

Todas - EU DISSE TODAS!! - as Grandes Mulheres da Minha Vida são MUITO mais incisivas que seus parceiros.
E... algumas... se entediam. Tanto quanto Eu...
E aí, como esponjas, quando Eles absorvem tudo o quê posso dar -e quando absorvo tudo o quê posso capturar-, acaba.
Como se da fusão, o côncavo e o convexo virassem duas unidades redondas.
Acaba porque estabeleç[o/emos] situações estanques, exigindo e doando somente o quê é requisitado.
Acaba porque na matemática torta, o fim da equação chega e não há mais incógnitas a serem buscadas.

Ou nem começa.
Nem começa porque simplesmente - quando a inteligência paralela é também abusiva -, saca-se isto no primeiro ou segundo contato.
Nem começa porque... PORQUE EU ABOMINO O FEMININO. Com todas as minhas forças!!

Eu tenho tédio de homem que titubeia.
Eu tenho tédio de homem que casa com o muro.
Eu tenho tédio de homem cauteloso.
Eu tenho tédio - e descobri recentemente - do pa[ma]ternalista; do que 'proibe' filhas 'de', saca? E isso... sendo fofa, eufemista...
Eu tenho tédio de homem que se comporta como menino se escondendo na barra da saia de mãe.
Eu tenho tédio de ter de ensinar o quê descobri sozinha.
Eu tenho tédio de apartar dores que também tenho e tento a todo momento ser capaz de.
Eu tenho tédio de quem foge de barata!
Eu tenho tédio de homem feminino impedindo seu lado masculino.

Eu sou de Esparta.
Eu sou de escudo.
Eu sou de guerra.
Eu como cachorro.
Eu luto de tacape.
Eu controlo biga.

E isso é muito cruel... comigo, sobremaneira.
PORQUE EU TENHO O DIREITO À FRAGILIDADE, PORRA!
E... não me permito. Por considerar que, quem não acha soluções, tem, no mínimo, um Q.I. prejudicado.

O erro tá na dosagem.
O maldito Feminino.
Que detesto.
Que considero 'se colocar na mão de'.
Embora, no melhor do oxímoro, Eu busque incessantemente como... como Deus.
Como fosse divindade.
Como algo inatingível.
Nem que pra isso... nem que pra isso eu tenha de me associar aos Homens Mimimi.
Que são lindos e fofos.
E em sua maioria: inoperantes.

PARA TUDO.
TÁ TUDO ERRADO.

A pergunta que agora não cala é: E AGORA, JOSEFAS??

Desde o sutiã queimado em praça pública: a gente fodeu com o rolê.
Eles não sabem como se colocam.
Nós não sabemos o quê necessitamos.
Eles ofertam o quê aprenderam com suas mães.
Nós queremos o quê nos deram nossos pais.

A gente jogou muito War no pós-abandono da Barbie.

A questão é que entre Marte e Vênus existe a Terra.
A realidade.
E nela: a gente não sabe transitar...
Os gêneros se tornaram inábeis.

Mas ainda é tempo... é preciso querer.
Mas antes disso: achar o caminho.

Qual?


X. >>>>> A incógnita aqui... seria um recomeço? 

Fica a dica.
A 'self' dica.

E a descoberta de que... [siga a foto!]





... a descoberta é que o Mal não é na Eva.
O Mal é no Feminino.
O Mal é Lilith.