domingo, 27 de julho de 2014

Faz de conta que eu não sei que to feliz! :D

A coisa mais esquisita do mundo é receber a notícia que acabei de ter: tem 50 minutos que eu não paro de chorar.
De emoção.

É a sensação de que... o tempo não volta.
Mas deixa marcas pra sempre.

É bom. E assustador. E revigorante. E diferente.
E sei lá mais o quê.

Eu só sei que Ela não sabe que eu sei, mas... Ela tá grávida.

Eu vejo a minha infância passar pela minha frente...
E vejo as risadas.
E a gente medindo o tamanho do cabelo.
E a gente brigando pelo sofá da minha Tia, Mãe dEla.
E a gente rindo dentro do carro do meu Tio, Pai dEla, enquanto ele corre e faz zigue-zague na rua.
E a gente indo à pé no dentistra dEla.
E a gente indo no shopping.
E a gente assistindo o Carnaval na sala da casa dEla, jogadas no tapete.
E a gente indo fazer o Vestibular das nossas vidas.
E a gente se abraçando sempre que.

A Gente. Nós.

Ela.
Que dividiu comigo até a mamadeira.
Ela.
Que fazia castelo de areia comigo.
Ela.
Que quase me fez apanhar no colégio quando eu bati no irmão mais novo do menino mais bonito -e bravo- da minha sala: moleque tava importunando: levantei pelo colarinho: "Você não mexe com ela: não sabe do quê sou capaz!".
Ela.
Que eu vi crescer, com apenas um ano de diferença comigo.
Ela.
Que era minha companhia nas tardes depois do colégio nos sofás da Vó.
Ela.
Que sempre foi tão preocupada comigo.
Ela.
Que me admirou a vida inteira. Eu sei.
Ela.
Que sempre foi o quê é pra mim: meu Xodó.

Foi -é!- uma vida de Amor.
E zelo.
E respeito.
E admiração.

E tudo o mais que a gente sente sem alardear muito porque sente demais e é tão teu que cê tem medo que roubem. :)

Acho que preciso de um lençol: choro de não conseguir escrever! HAHAHA!

- Ela não quer que te conte porque quer contar quando você vier pra SP, mas... prepara uma roupinha de bebê: Ela tá grávida!

Ainda bem que Esta -A Mais Nova- sempre foi minha parceira na hora da notícia ruim e da boa: não chegarei em SP de mãos abanando. HAHAHAHA!

HA!
HA!
HA!

É uma felicidade que não tem tamanho.
Sou Tia, Gente! :D
To velha. :/

HAHAHAHA!
Eu sequer sei o quê dizer!
Eu queria poder ligar lá e dizer tudo o quê to sentindo agora, mas... eu tenho de fingir que não sei! HAHAHAHA!

Vida difícil essa. HAHAHA!




Mas... essa coisa do não contar só denota o tamanho do quê somos Nós: Você sabe o quê te saber significa pra mim.
A hora que eu puder dizer, Prirmã: que Você tenha certeza de que esta é das notícias mais lindas da minha vida.

Preparar roupinha é o trivial com batatas. É o quê todo mundo fará. Qualquer um pode fazer isso.

Aqui a oferta é outra.
Aqui, quem vier só irá ocupar um lugar que sempre esteve aqui: "espaço reservado para a prole dEla".
Só tava esperando o dia D.
Esperando a hora em que eu trocaria a placa pelos nomes.
É Amor de Continuidade.

Acabei de recolher a placa.

Ow, Da Barriga: pode vir: tá tudo pronto.

:)

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Curta [a] metragem.

Eu deveria e precisaria dormir, mas tem alguns cliques que acontecem sem hora.
Sem razão de ser.
E com e por toda razão do mundo.

Meu Mundo.

E num desses monólogos internos que faço antes de chegar o sono, me ocorreu que a gente tem uma visão equivocada de algumas coisas.

Pensei sobre distância.

Estar perto é muito mais que estar fisicamente perto.
Fisicamente não quer dizer grande coisa, se querem saber...

Eu costumo estar perto sem estar ali.
De alguns elos, bem verdade.
Aqueles que observo na distância.

Distância esta que cabe nalguma coisa muito próxima de respeito acerca de limites. Mais ou menos como quando você conversa com alguém frente a frente e tomando conta dos sutis 45 centímetros de distância máxima 'permitida' entre pessoas que têm intimidade. E mínima com quem não tem.

Varia de 0 a 45 pra grandes elos.

Eu descobri que o ideal é manter, na maior parte do tempo, os tais 45 centímetros. Isso permite mobilidade entre emissor e receptor da mensagem: se um dos dois espirrar, não chove no outro.

E eu descobri que deixar espaço é permitir que o outro se aprochegue. E... pouca coisa nesta vida é mais doce que se ter certeza na vida de alguém...

O se aprochegar denota valor. Coisa mais festiva! E necessária.

- Ok. Só queria saber se leu eu te amano. Kkk.
- Tô leno. Tô sentino. Tô gostano. Tô retribuíno.

Que a vida da gente sempre possa ser isso.
Esse aprochegar em metragem curta.
Tecido como num curta metragem amador.
Aqueles de faculdade de cinema.
Feito com mais de um par de mãos.
Num auxílio recíproco.
E que permite erros: viram aprendizagem.

E que as histórias possam ser suaves como filme em boa companhia num domingo à tarde.

:)




quinta-feira, 3 de julho de 2014

Rosa. Verde. Carmim.

Curiosamente, quando eu era pequena, minhas cores prediletas eram o rosa e o verde.
Todos os desenhos só tinham sentido -pra mim- se houvesse um traço na roupa, uma flor, um mato, uma parede... qualquer coisa, com as duas cores.

E não bastava uma delas: deveria ser as duas.

De acordo com a Psicologia das Cores, o rosa simboliza -dentre tantas coisas- o Amor de Acolhimento.
O verde, por sua vez -também dentre tantos significados- simboliza o Desenvolvimento Pueril.

Claro que isso foi parar nas Sessões de Terapia. Quédizzê.

Desde muito pequena, sou das cores fora da palheta comum. [Representa?].
Não era qualquer rosa: era 'choque'.
Não era qualquer verde: era 'piscina'.

Que hoje, chamo de cereja -ou magenta- e turquesa.

E mal sabia eu que isso me definiria.
Psicologicamente.
Filosoficamente.
Iconicamente.

A Flor de Cerejeira simboliza o Amor.
A Beleza Feminina.

Turquesa -a Pedra Turca- é vista desde sempre como Amuleto da Sorte.
Protege quem a carrega.

Eu amo feito flor.
Com espinhos.
Com cheiro.
Com beleza.
Eu protejo feito pedra.
Com dureza.
Com base.
Com frieza.

Mais velha -e bem mais velha... hahaha!-, comecei a dar vazão aos tons de vermelho queimado, terracota, alaranjados e variações de cores quentes.

Carmim.

Há pouco fiz uma montagem com duas fotos: dois pores-de-sol. 
Que guardo comigo.
Que são 'Meus'.
Que são 'Eu'.

São.
Em mim.

As cores falam por si.