No fim das contas, acho mesmo que manter Amigos de longa data te confere o direito/dever de se dizer/ouvir.
Daí que... nem tem muito como fugir.
As jugulares tão ali.
E se cravam/cravo, cravam/cravo certo.
E a gente até tenta escamotear... a gente dá desculpa pra gente mesmo... mas NUNCA pra um Melhor Amigo.
Não tem saída.
Quem nos conhece o suficiente, nos conhece.
E ponto.
Infelizmente, poucas pessoas fazem bom uso daquilo que sabem sobre nós... e é isso que diferencia o Grande do Melhor, o Pequeno do Médio.
E a 'escolha' - tem hora que é 'encontro' mesmo... :) - dos Melhores Amigos passa a ser feita, então, por afinidade, por admiração, por se saber o tipo de massa que os compõe.
E quase sempre, muito parecida com a nossa.
O termo 'Melhor Amigo' - na minha visão de mundo - é fadado ao infortúnio em duas situações:
- quando o posto é dado por carência/conveniência;
- quando a pessoa eleita não enxerga além do próprio umbigo.
Talvez eu só não saiba definir onde começa uma e termina a outra.
Talvez uma complete a outra.
E a outra se origine na uma.
Vai saber?

E que o [meu] mundo é feito ainda de quem use o veneno próprio como antídoto na minha jugular.
E aceite meu veneno como cura.
O duplo - a ida e a volta - mora em todo lugar.
Como serpente de duas cabeças.
E que - apesar de, ainda que, mesmo se - não diminuem apostas.
Pelo contrário.

Hoje... hoje o discurso é outro.
O quê corre na tua jugular, corre também na minha.
O quê mora na tua peçonha, mora também na minha.
Hoje não há gratidão. E só.
Há autorreconhecimento. E também.
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