Hoje ouvi muito sobre "confiar".
Sempre que dá, falo sobre isso: confiar é "com + fiar".
Quem confia usa fio invisível pra se unir a alguém.
Confiar é eleger: a gente escolhe a quem confiar coisas. Histórias. Sentimentos. Dores. E até mesmo sorrisos.
Daí que quando alguém rompe esse tal fio contigo, significa que tuas coisas, histórias, dores e sorrisos foram banalizados: tanto fizeram. E mais: quem quebra tua confiança te diz "não". Diz de maneira solene que você não merece resguardo.
Em compensação, quem valorizar tudo o quê for muito seu, automaticamente irá inspirar confiança.
Assim sendo, dentro d'uma lógica quase matemática: interesse inspira confiança. E vice versa.
Talvez valha dizer que não é um grande pecado quebrar confiança: é uma escolha. E cada um faz de si o quê quiser: escolhas devem ser respeitadas. Sempre.
A única coisa que não deve ser esquecida é que toda escolha implica em perda: escolher um grão de areia significa abrir mão de todos os demais.
Só crianças querem ter tudo. Adultos escolhem.
E daí que...
... escolher não inspirar confiança, essa cela solitária invisível.
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