quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Com fiar.

Hoje ouvi muito sobre "confiar".
Sempre que dá, falo sobre isso: confiar é "com + fiar".
Quem confia usa fio invisível pra se unir a alguém.

Confiar é eleger: a gente escolhe a quem confiar coisas. Histórias. Sentimentos. Dores. E até mesmo sorrisos.

Daí que quando alguém rompe esse tal fio contigo, significa que tuas coisas, histórias, dores e sorrisos foram banalizados: tanto fizeram. E mais: quem quebra tua confiança te diz "não". Diz de maneira solene que você não merece resguardo.

Em compensação, quem valorizar tudo o quê for muito seu, automaticamente irá inspirar confiança.

Assim sendo, dentro d'uma lógica quase matemática: interesse inspira confiança. E vice versa.

Talvez valha dizer que não é um grande pecado quebrar confiança: é uma escolha. E cada um faz de si o quê quiser: escolhas devem ser respeitadas. Sempre.

A única coisa que não deve ser esquecida é que toda escolha implica em perda: escolher um grão de areia significa abrir mão de todos os demais.

Só crianças querem ter tudo. Adultos escolhem.

E daí que...

... escolher não inspirar confiança, essa cela solitária invisível.



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