quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Nome: Domitila.

Domitila.
É este meu nome.


Sou das paixões.
Tudo deve ser apaixonante. E apaixonado.
Pra mim.

Me encanto dos detalhes.
Os detalhes são os carinhos cotidianos na alma.
Os detalhes fazem as grandes paixões.

Sou dos amores.
O amor deve estar em todo lugar.
Pra mim.
Rua.
Espada nua.
Boia no céu imensa e amarela.
Me encanto do intenso.
O intenso compõe os grandes amores.
O intenso preenche dando calor à alma.
Tão redonda, a lua.
Como flutua...
Vem navegando o azul do firmamento.
Sou dos amores apaixonados.
Aqueles que trazem fogo.
Aqueles que trazem certeza.

Escuta agora a canção que eu fiz
pra te esquecer!
Certeza de Amor.
Do real.
Do tátil.
Acorda, Amor!
Que eu sei que embaixo desta neve

mora um coração...
Cultivo flores. Além de conchas.
Cultivo cheiros. Além de gestos.
Cultivo lembranças. Além de palavras.

Cultivo.
Passo uma vida cultivando.

No beiral da minha janela há uma floreira.

Ali é parte de mim.
Me dá tua mão!
O teu desejo é sempre o meu desejo.
Vem: me exorciza!
Hibiscos.
Acácias.

Amores Perfeitos.

Marias Sem Vergonhas.

Matei.



Dá-me tua boca!



Vieram sem querer e... eram lindas. 
Lindas!
Mas tomaram o vaso todo.
Eram viçosas.
Mas apagavam a cor das demais.
Eram alegres.
Mas o carnaval era só delas.
Eram petulantes.
Mas não permitiam que nada mais fosse além delas.

Matei.

Plantei sementes no lugar.
Vem me dar um beijo.
E um raio de sol...


Flores de Lótus.

Torço para que tão logo cresçam.
E perfumem o ar.




Eram Marias Sem Vergonhas.
Cores de cereja.
Minha cor preferida.

Marias Sem Vergonhas.

Matei.
Por ora.
Como um brilhante que, partindo a luz,
explode em sete cores.

Revelando então os sete mil amores
que eu guardei somente pra te dar...





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