sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Do que é lancinante.



Há algumas dores que a gente passa na vida que a gente tem a sensação de que nunca mais irá se recuperar.

E, de fato: não vai.

É real oficial: algumas coisas sofridas viram queloide. Daqueles horrorosos, que se vê de longe.
E que não há plástica que resolva.

Não há plástica nenhuma que resolva.

A gente lembra do que doeu/dói e não sai nem o sorriso de plástico: a dor é genuína demais pra isso.

Não sai nada.

Dá aquele nó na garganta que nem sempre você pode por pra fora porque tá cercado de gente.
Ou porque já secou de tanto chorar.
Ou porque... sei lá. O choro também não sai.

Fica ali. Parado. Pra sempre.

E a gente jamais terá o que fazer com ele. A não ser engolir seco.




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