Pra Platão, o Amor Legítimo, aquele puro, deveria ser pautado em Virtude.
"Entendedores" lançaram na roda a ideia de que, sendo assim, o Amor Platônico seria, então, alguma coisa desprovida de desejo. E, tantas vezes, não correspondido.
Sabe nada, Inocente!
Tá morrendo de fome: vá dar aquela saboreada nO Banquete, onde ele trata da pulsão carnal como sendo algo muito natural.
Se souber somar: 1 + 1 = 2. Onde 1' é Amor de Virtude, 1" é desejo sendo inerente à condição humana e 2 é a soma desses fatores.
E, apesar de defender a ideia de que as paixões cegam, dizia também que todo homem apaixonado é poeta.
Aristóteles, cria da Escola Platônica, somou, dizendo que a lei é a razão desprovida de paixão. E que o gatilho de tudo é a paixão.
Trocando em miúdos: daqui do meu foco mirado, dum ângulo de 30°: "é preciso Amor pra poder pulsar".
Ha. Quédizzê.
Mais tarde -de um tanto mais tarde-, inventaram um troço chamado Canção. Que por sua vez, foi dividida em alguns subgrupos, dois deles sendo de Amor e de Amigo.
Basicamente, a Canção de Amor tratava dum Amor Legítimo do Trovador por uma "prenda", cheio de dedos e nuances.
Em contrapartida, a Canção de Amigo era meio Chico Buarque: o cabra assumia um "eu lírico" feminino, numa sofrênça do Amor distante. Acontecia também de alguns textos serem das próprias "prendas" Trovadoras, mas o patriarcado medieval sequer admitiria que mulheres pensassem... compor, então: fora de cogitação e da História oficial da Literatura.
Trovar seria, então, um duelo bom entre satisfação e fracasso. Entre coragem de ser e o medo do não ser.
Entre vida e morte.
Eros e Thanatos em palavras? Talvez?
A real é que, se leis são desprovidas de paixão... não cabe regra no Amor Legítimo: ele é composto das paixões.
Sair da toca talvez seja só uma questão de se questionar sobre quem ganha a luta interna diária nas pessoas: o Lobo Bom ou o Ruim? O que possibilita ou o que limita viver?
Questionários auspiciosos que nos pegam no pulo, essa coisa que pode paralisar.
Rimas fáceis, essa coisa de pulsão de vida.
Canção, essa coisa que evidencia o que a anamnese (do grego "ana": trazer de novo; e "mnesis": memória) psicológica não é capaz de.
Aposto e ganho: a melhor Guerreira Medieval era também a melhor Trovadora.
E as circunstâncias não permitiram que ela fosse constar dos autos do processo histórico.
Aposto também que era perguntadeira.
E apaixonadamente aristotélica.
Amorosamente platônica.
E virtuosamente ela.
E certeza: se chamava Anna.
Que era pra nunca deixar lembranças morrerem.
E sim: com dois Ns.
Que era pra não esquecer de lembrar por dois.
Direto da História que a Literatura nunca contou.
Ou não.
Dia desses me relembraram da parábola dos Lobos.
É essa aqui, ó: http://www.contarhistorias.com.br/2011/04/historia-dois-lobos-dentro-de-mim.html
"Entendedores" lançaram na roda a ideia de que, sendo assim, o Amor Platônico seria, então, alguma coisa desprovida de desejo. E, tantas vezes, não correspondido.
Sabe nada, Inocente!
Tá morrendo de fome: vá dar aquela saboreada nO Banquete, onde ele trata da pulsão carnal como sendo algo muito natural.
Se souber somar: 1 + 1 = 2. Onde 1' é Amor de Virtude, 1" é desejo sendo inerente à condição humana e 2 é a soma desses fatores.
E, apesar de defender a ideia de que as paixões cegam, dizia também que todo homem apaixonado é poeta.
Aristóteles, cria da Escola Platônica, somou, dizendo que a lei é a razão desprovida de paixão. E que o gatilho de tudo é a paixão.
Trocando em miúdos: daqui do meu foco mirado, dum ângulo de 30°: "é preciso Amor pra poder pulsar".
Ha. Quédizzê.
Mais tarde -de um tanto mais tarde-, inventaram um troço chamado Canção. Que por sua vez, foi dividida em alguns subgrupos, dois deles sendo de Amor e de Amigo.
Basicamente, a Canção de Amor tratava dum Amor Legítimo do Trovador por uma "prenda", cheio de dedos e nuances.
Em contrapartida, a Canção de Amigo era meio Chico Buarque: o cabra assumia um "eu lírico" feminino, numa sofrênça do Amor distante. Acontecia também de alguns textos serem das próprias "prendas" Trovadoras, mas o patriarcado medieval sequer admitiria que mulheres pensassem... compor, então: fora de cogitação e da História oficial da Literatura.
Trovar seria, então, um duelo bom entre satisfação e fracasso. Entre coragem de ser e o medo do não ser.
Entre vida e morte.
Eros e Thanatos em palavras? Talvez?
A real é que, se leis são desprovidas de paixão... não cabe regra no Amor Legítimo: ele é composto das paixões.
Sair da toca talvez seja só uma questão de se questionar sobre quem ganha a luta interna diária nas pessoas: o Lobo Bom ou o Ruim? O que possibilita ou o que limita viver?
Questionários auspiciosos que nos pegam no pulo, essa coisa que pode paralisar.
Rimas fáceis, essa coisa de pulsão de vida.
Canção, essa coisa que evidencia o que a anamnese (do grego "ana": trazer de novo; e "mnesis": memória) psicológica não é capaz de.
Aposto e ganho: a melhor Guerreira Medieval era também a melhor Trovadora.
E as circunstâncias não permitiram que ela fosse constar dos autos do processo histórico.
Aposto também que era perguntadeira.
E apaixonadamente aristotélica.
Amorosamente platônica.
E virtuosamente ela.
E certeza: se chamava Anna.
Que era pra nunca deixar lembranças morrerem.
E sim: com dois Ns.
Que era pra não esquecer de lembrar por dois.
Direto da História que a Literatura nunca contou.
Ou não.
Dia desses me relembraram da parábola dos Lobos.
É essa aqui, ó: http://www.contarhistorias.com.br/2011/04/historia-dois-lobos-dentro-de-mim.html
