segunda-feira, 21 de outubro de 2024

É 2024.

Eu não venho aqui há anos.

Passei por tantas coisas que não sei mensurar. Na verdade: nem vocês saberiam.

Fato é que hoje estou em frangalhos.

Eu vi que minha última postagem não contempla nem meu segundo casamento. Vocês têm noção? 

Sinto um pouco de pena dele se vier a me ler aqui: vai se ligar que a relevância foi pouca. 

É triste, né, Minhas Gentes?

Relevância não é um troço que a gente compra. Ela existe ou não.

Neste momento, estou chorando.

Vocês, que me seguem -ou não- não sabem o buraco que to no coração.

Eu me apaixonei. Perdidamente. Porém por alguém que se encontra sempre só. Ele se basta. E o que há de ser ademais é irrelevante.

Ele é forte. Ele é honesto. Ele é retilíneo. Ele é leal. Ele é um cão.
Fila.

E eu esperando um Gold Retriever. Porque minha vida foi uma ENORME merda.

Eu só precisava de um pouco de consolo. 

Ele é lindo. Ele é inteligente. Ele é culto. Ele é tudo o que eu pedi para o Universo e mais um pouco, mas não acredita nas possibilidades. E para uma suicida: isso é o começo do fim.

Eu o amo como jamais amei ninguém. NINGUÉM.

Pra mim, ele é o homem mais bonito do mundo. Mais erudito. Conversa de todos os assuntos -mal de professor, talvez-.

Por mim, eu não o trocaria nem pela minha dignidade, mas... eu sou aquela que direciona biga.

Eu sou aquela que cavalga nua dizendo o que é ser Amazona.

Eu sou aquela que não aceita ser reduzida. Não sou prato de comida francesa.

Eu sou aquela que chegou aos 44 botando tudo pra foder porque a vida não deixou pensar.

A única coisa que eu sei é que este homem é o Homem. 

Ele não entendeu, acho. E muito menos o tipo que sou eu. Acho também.

É muita discussão, muita briga por ciúme, muita demanda desnecessária e eu simplesmente não sei adiantar expediente pra entender tudo isso. Sou burra, talvez.

Não me faço entender, maybe.

A única coisa que eu sei é que estou com 3 costelas quebradas porque caí. Estou no Tramal. Bendita seja a Ciência.

E diante disso eu vou ali deitar do lado dele. E definir o que será minha vida a partir de amanhã.

O amo, fato. Mais que ninguém. É louco, né? 

Eu tenho tatuagem na pele por amor. Eu tenho históricos de anos com outros homens. Eu tenho décadas de histórias com pessoas. Porém, aí o cara que conheço a menos de dois anos que tá fazendo meu mundo parar.

Ele me disse hoje que não espera nada da vida.

Sofri calada.

Eu também não esperava.

Até tê-lo.

Viver, segundo Guimarães, é um descuido prosseguido.